6.8.07

Recomendamos a leitura...

"A morte do senador Antonio Carlos Magalhães tem dado lugar a uma série de especulações sobre possíveis implicações de sua saída de cena sobre a política brasileira e, de modo particular, sobre a baiana.

Na política nacional era já visível que sua influência pessoal desbotara. Isso não fazia dele um político desimportante, mas já retirara de si a aura plenipotenciária que ostentou até passado bem recente, graças ao simbolismo carismático que cultivou ao longo de sua vida pública e a recursos de poder de que objetivamente dispôs mediante alianças com outras personalidades e correntes relevantes e hegemônicas da elite política nacional.

Já no que se refere à política baiana, uma combinação do simbolismo acima referido com o fato de seu grupo político ter ocupado o governo estadual por longo tempo, até o ano de 2006, uma considerável desinformação a respeito do que realmente se passa naquele Estado e, ainda, um viés regionalista que insiste em pensar a política brasileira como resultado de uma oposição entre regiões “modernas” a “atrasadas”, tudo isso fez com que importantes “formadores de opinião” tratassem o episódio de sua morte como se fosse a de um monarca.

Para começo de conversa, a rigor não existe herança."


Esse é um trecho do artigo do prof. Paulo Fábio escrito após a morte de ACM, intitulado "Carlismo: passado, presente e futuro". Para ler a íntegra, clique aqui.