2.4.07

ENQUETE DA SEMANA - O DACISO QUER SABER...

A cada segunda-feira o DACISO colocará uma enquete. Respondam no espaço de comentários. Escolham a alternativa e coloquem no início da resposta para que possamos fazer a contabilização. Posteriormente à indicação da alternativa serão bem vindos comentários adicionais sobre o tema em questão, justificando a resposta. Coloquem o nome (opcional) e o ano de entrada no curso (se forem do curso). Se não forem do curso de Ciências Sociais da UFBA, uma identificação será bem vinda.

O Reitor Naomar de Almeida tem apresentado à comunidade acadêmica e política o projeto Universidade Nova. Você:

a) Concorda com o projeto, pois a estrutura acadêmica atual não responde mais à realidade social e o projeto da Reitoria resolve, pelo menos em parte, a situação;

b) Discorda do projeto, pois ele não resolve os problemas estruturais da precariedade da nossa Universidade e ainda traz mais problemas;

c) Concorda em parte e discorda em parte. O projeto tem pontos positivos e negativos e o melhor que a Reitoria pode fazer é privilegiar o debate democrático sobre o tema;

d) Não conheço o projeto, pois este é demasiado inacessível;

e) Não me interesso pelo tema.

15 Comments:

At 02 abril, 2007 23:02, Blogger Gutch - Gustavo Costa said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

 
At 02 abril, 2007 23:04, Anonymous Anônimo said...

B)
Creio que a Universidade, se quiser continuar a cumprir seu papel de geradora de conhecimento, não pode ter que se adequar, adaptar ou subordinar-se. Me parece, inclusive, perda de autonomia (com relação a sua função).
Fora isso, é inconstestável que não há estrutura física para comportar esse projeto.

 
At 03 abril, 2007 09:56, Blogger Antonio Rimaci said...

C. A Universidade precisa urgentemente de mudanças. Esse modelo atual não é nem tecnicista, no sentido de preparar mão de obra para o trabalho industrial técnico, nem humanistica, posto que a formação cultural é capenga, inclusive dos cientistas sociais. É preciso adequar-se ao mundo pós-moderno, tirando a universidade desse meio termo. Contudo, o projeto é claramente surreal. Muita coisa precisa ser modificada nele. Voto pelo debate.

 
At 03 abril, 2007 10:18, Anonymous Anônimo said...

C.

Concordo plenamente com Antonio. O projeto se caracteriza por ser uma ótima idéia com péssima metodologia política de implementação. É preciso aliar a boa idéia com a boa implementação da mesma. Para tanto é preciso discutir mais. Também voto pelo debate.

 
At 03 abril, 2007 13:39, Blogger Murilo said...

c) Concorda em parte e discorda em parte. O projeto tem pontos positivos e negativos e o melhor que a Reitoria pode fazer é privilegiar o debate democrático sobre o tema;

 
At 03 abril, 2007 17:16, Blogger Rafael Arantes said...

C.

Concordo com os colegas no que concerne à necessidade premente de mudanças na estrutura da nossa Universidade. Embora ainda não tenha lido o projeto, pelos comentários, explicações e debates, acredito que a teoria subjacente á sua formulação tem um sentido positivo quando tenta privilegiar uma formação humanista e mais universal que a Universidade - daí o nome - deveria dar para seus alunos. Me agrada também a maior liberdade - que advém da universalidade também - e do maior tempo para se encontrar em uma determinada área de formação que os alunos terão no novo modelo. Entretanto, o reitor erra escandalosamente na operacionalização desta teoria e isso inclui detalhes técnicos, como a infra-estrutura física e os recursos humanos, por assim dizer. Acredito também que uma sociedade deve se voltar para ela mesma e compreender suas contradições e características. Quem, no Brasil, pode ficar 5 anos na Faculdade e sair apenas com um Bacharelado Interdisciplinar, ou seja, sem uma formação que seja absorvida pelo Mercado de Trabalho? Vivemos, hoje mais do que antes, numa sociedade do mercado liberto - o moinho satânico de Karl Polanyi - e, infelizmente, temos que incluir essa variável nas mudanças que queiramos fazer nas estruturas básicas da nossa sociedade, a menos que essas mundaças tenham um caráter revolucionário, o que me parece distante na nossa sociedade.

Enfim, gostei da frase: Voto pelo debate, principalmente pelo debate sobre metodologia de operacionalização, na sociedade Brasileira e Baiana.

 
At 03 abril, 2007 21:34, Blogger Antonio Rimaci said...

Eu n entendi direito o que rafael escreveu não, mas o importante é que ele concorda comigo.

 
At 04 abril, 2007 11:48, Blogger Unknown said...

B

O projeto pretende revolucionar a estrutura da Universidade, porém é bastante idealista e completamente desconectado da realidade.
Se a intenção da Reitoria é tirar a Ufba do caos em que se encontra, com certeza colocaria o projeto em debate e não estabeleceria prazos tão curtos para a sua execução. O reitor deve apresentar um projeto melhor elaborado e propor prazos que proporcionem o debate.

 
At 05 abril, 2007 18:51, Anonymous Anônimo said...

B.

Eu poderia proferir dezenas de críticas pertinentes ao projeto protagonizado pelo reitor Naomar; no entanto, vou me conter a uma questão preponderante, que inviabiliza a implantação da tal "Universidade Nova": para quem é essa Universidade?

Acho, pois, que o senhor reitor deveria ocupar-se menos com publicidade e atentar-se com os problemas reais que a Universidade Federal da Bahia passa, e que não são poucos.
É momento oportuno este para a comunidade universitária, a qual se posicionou até o momento majoritariamente desfavorável à implantação do projeto, lutar pela nossa Universidade, pela educação gratuita e de qualidade, buscando a resolução de problemas de caráter urgente, e, sobretudo, resistir a sedutoras propostas, que encerram em si apenas o aprofundamento do que já é visto por todos.

 
At 06 abril, 2007 02:01, Blogger Flávio Franco said...

C.

Acho que o reitor deve ampliar o debate, não só com a comunidade acadêmica, mais também com setores organizados que atuam no movimento social, pois temos que saber qual é o modelo de universidade que a sociedade civil almeja. O projeto universidade nova, na verdade vai complementar a discussão sobre a reforma univeristária que também é uma bandeira histórica da União Nacional dos Estudantes.

alguns questionamentos:

Rimaci- eu compreendi + ou - o seu comentário, vc acha que a universidade deve se adequar ao mundo pós-moderno? é isso mesmo?

Patrick - o projeto já está sendo coordenado pelo MEC e pelo que ifquei sabendo o prazo para a sua implementação será parecido com o do processo de bolonha, o projeto está sendo elaborado por uma comissão estritamente acadêmica ñ possuido sequer representantes da CMS...

Maycon - o seu questionament´, para mim, é super pertinente ao debate, na REAL para quem ou para o q vai servir ou vai estar em função a universidade nova? e daí já adiantando meu esclarecimento a Rimaci (que concerteza ela vai explanar, como outros q comungam do mesmo pensamento q ele rsrsrs ñ é picuinha ñ viu gente...) esse questionamento pode ser discutido com a discussão, de adequar a universidade ao mundo "pós-moderno"....

saudações estudantis, quilombolas e socialistas,

 
At 06 abril, 2007 09:21, Anonymous Anônimo said...

b)

Para mim está claro que este projeto é insustentável. Foi tentadora a proposta c, porém, visto que as mudanças necessárias para a execução do projeto universidade nova tenham que passar por uma completa modificação de sua estrutura, voto por uma universidade que nem seja esta que temos, nem a que Naomar propõe.
A universidade deve sim estar atenta ao mercado de trabalho, assim como à formação humanística. Mas, sabendo que o objetivo maior dela é o mercado de trabalho, aumentar o período de permanência do universitário para 3 anos de formação generalizada (sei lá como denominam esse período), é afastar ainda mais o indivíduo de uma formação superior de fato(como o próprio Naomar admitiu), visto que o numero de vagas não corresponderia ao numero final de formações.
Além disso, tem aquele conhecido problema da estrutura. Essa para muitos é uma questão fácil de ser solucionada, mas nossa realidade já nos fez perceber que se não há verba suficiente para manter este modelo falido de universidade, imagine uma mudança radical que necessitaria de uma quantia impensável.
Não acredito que essas questões que (em minha opinião) tornam o projeto inviável, sejam superadas. Algumas por falta de dinheiro e outras por falta de interesse. No entanto, é consenso que a universidade necessita de um modelo novo e que ele deve ser debatido com toda a sociedade.

 
At 06 abril, 2007 20:37, Anonymous Anônimo said...

B)
Gostaria que ocorresse do contrário: primeiro viesse o debate a cerca da universidade e sua inserção no contexto social contemporâneo, e depois uma (bem pensada e implementada) reestruturação. Pra mim a Universidade Nova já iniciou com o pé esquerdo. Voltemos a estaca zero. Sou de acordo que se a reforma vai atingir pimeiramente e diretamente os estudantes, por que não ouvi-los primeiro?

 
At 09 abril, 2007 09:27, Blogger Tiago Lorenzo said...

C

O ruim dessas enquetes, é que ficam parecendo aquelas perguntas que Faustão faz e que já dá a justificativa da resposta antes. Mas tem que ser...
Para além das barreiras “práticas” que esse projeto simplesmente não enfrenta, o projeto negligencia completamente os velhos problemas da velha universidade.
Um projeto então, para usar do clichê, que já nasce velho.
Creio que todos reconhecemos o valor da interdisciplinaridade, mas um novo projeto acadêmico de universidade não poderia fugir da discussão dos velhos problemas da Universidade. Se é para criar algo novo (e é necessário que assim seja), há-se que discutir quais os problemas do velho, e trabalhar sobre ele, sobre pena de perder-se uma oportunidade histórica de transformação real e significativa da Universidade.
O projeto, aprovado como foi concebido, além de enfrentar as barreiras “práticas”, engessará futuras transformações por anos. A hora de mudar é agora, senão, serão necessárias no mínimo algumas décadas para uma nova possibilidade de mudança.

 
At 11 abril, 2007 22:33, Blogger Cláudio André said...

Letra c com ressalvas. Não li os outros comentários dos colegas, mas adianto que até onde sei posso afirmar que tal projeto está inserido numa realidade social dada. A universidade necessita pensar sobre o mercado de trabalho, bem como dialogar com projetos mais inovadores como o de Bolonha. Na minha opinião o Reitor tem conduzido democraticamente a discussão deste projeto, tanto que ele agora está contido na agenda governamental de Lula e consta como um dos pontos a serem contemplados pelo PAC. Falo que o reitor tem sido democrático, pelo mesmo ter dado o tom à discussão não nos muros da academia mas fora dela também, privilegiando o osicionamento de uma universidade com o seu papel social mais amplo, muito maior que as paredes da sala dos conselhos. Então, fico por aqui, mas prometendo tecer mais a fundo tais reflexões com a certeza que o universidade nova tem a cara e a pretensão do momento que vivemos no mundo, muito além dos rabiscos e teorias. No século XXI, a sociedade espera da universidade muito menos do que teorias e "amor pela sabedoria". O que fazemos, seguimos uma vontade geral, ou uma imposição vanguardistas? ficamos com a democracia ou não? democracia?

Cláudio André

 
At 14 maio, 2007 18:39, Anonymous Anônimo said...

Essa formação básica que o projeto de Universidade Nova pretende oportunizar através dos bacharelados interdisciplinares, pelo que me parece é competência do ensino médio (formação geral) e, acredito que é por ele é que todos nós deveriámos esta lutando. Oferecer essa formação somente para os que conseguirem ingressar na univerdade federal é reconhecer as dificuldades presentes no ensino médio e abandoná-lo a sua própria sorte. Ademais a universidade possui problemas estruturais que precisam de solução prementes, inclusive para que se possa pensa nessa tal universidade nova.

 

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