30.9.07

I Seminário Político do DACiSO

De 02 a 05 de outubro, o DACiSO realizará o primeiro Seminário Político da entidade. O evento visa trazer à baila temas políticos de suma importância para os estudantes de Ciências Sociais, mas que, via de regra, passam ao largo do cotidiano estudantil.
Divulguem e participem!
.
02/10/07 – Reflexões políticas na Contemporaneidade (condição, micro e macro-conjuntura)

09:00 às 11:00 h – Crise da política institucional
Debatedores (20 minutos para cada):

Maria Victória
Alvino Sanches
Felippe Ramos

Mediadora: Marcela Isis

12:30 à 14:00 h – Crise do Movimento Estudantil
Debatedores (20 minutos para cada):

Lucas Scaldaferri
Daniele Costa
Cláudio André

Mediador: Tiago Lorenzo

03/10/07 – Reflexões acerca do Ensino Superior hoje: os projetos de reforma na educação

09:00 às 13:00 h (20 min para cada debatedor):

APUB (Joviniano Neto)
ANDES (Cecília de Paula)
Reitoria (Maerbal Marinho)
Antônio Câmara

Mediador: Gustavo Costa

04/10/07 Discutindo as perspectivas políticas no movimento estudantil: espaços públicos, representações e mobilizações políticas (apresentação de entidades do ME)

09:00 às 13:00 h (15 minutos para cada entidade)

UNE (Vladimir Meira)
Conlute (Raíza)
FOE (Juazeiro)
Coletivo (Carol Pinho)
DCE (Gabriel Oliveira)
UEB (Jeferson Conceição)
DACISO (Felippe Ramos)

Mediador: Flávio Franco

05/10/07

Breve apresentação das instâncias institucionais da Universidade (Reitoria, CONSUNI, CONSEPE, CSVU, SUPAC, SGC, Sup. Estudantil, Pró-Reitoria de Pesquisa, Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, PIBIC)

09:00 às 09:30 h
Fabrizzio Cedraz (DACiSO)
Álamo Pimentel (PROAE)

Diretório Acadêmico: os quês e porquês.

09:30 às 11:00 h

Na mesa: todos os diretores do DA

A falar:

Tiago Lorenzo - O que é e para que (m) serve
Kelly Fontoura – Histórico
Anderson Costa - Experiência Comparativa
Sérgio Vidal - Relação com movimentos sociais e UNE
Marcela Isis - O que está fazendo e programa político
Antônio Rimaci - O que está fazendo e programa político

25.9.07

Charge do dia


Fonte: Revista Piauí

1 ano do Decreto 5.912: O CONAD e o Movimento Estudantil


Por Sergio Vidal - sergiociso@yahoo.com.br
Secretário para Políticas sobre Drogas do Diretório Acadêmico de Ciências Sociais

No próximo dia 8 de outubro completará um 1 ano da entrada em vigor do Decreto 5.912, que substituiu o anterior 3.696/00. Segundo a introdução do texto, esse Decreto: "Regulamenta a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que trata das políticas públicas sobre drogas e da instituição do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD, e dá outras providências". Essas "outras providências" a que a introdução se refere de forma pouco entusiasmada, de fato é um dos pontos centrais da atual máquina administrativa principal responsável pela elaboração de políticas públicas sobre drogas no país - o Conselho Nacional Antidrogas ou CONAD.
.
Baixe aqui o relatório completo.

22.9.07

Tropa de Elite

O caso do filme Tropa de Elite, que chegou aos camelôs de todo o país inacabado e antes da estréia no cinema, reacendeu os ânimos da discussão sobre a pirataria e, em última instância, acerca da propriedade intelectual, dos direitos autorais e até do trabalho imaterial na sociedade pós-industrial. O papel da mídia, nesse contexto, tem sido, como de costume, amplificar as vozes reacionárias dos interesses das megacorporações. O pessoal da revista Cinética, por sua vez, estabelece um rico contraponto:
.
"Mas não nos enganemos, ser a favor ou contra a pirataria é uma falsa questão. Ela existe porque criamos as condições técnicas e sociais para sua existência, e essas condições nos interessam. Resumir a pirataria a uma atividade criminosa é a melhor maneira de defendermos poderes anti-democráticos, mas ao mesmo tempo ela não resolve os problemas do capitalismo contemporâneo. A pirataria nos coloca um desafio complexo, que deve implicar uma grande parte da sociedade, e o Brasil tem condições de atuar de maneira absolutamente pioneira em um dos mais importantes debates que se apresenta. Este debate implica uma revisão das noções industriais de propriedade, um debate imposto pelas ruas."
.
Leia aqui a íntegra.

21.9.07

Charge do dia

Karl Marx

"Karl Marx é um ilustre desconhecido para boa parte de nossa juventude. Este blog pretende discutir as idéias e conceitos deste pensador, evidenciando a relevância de suas teses para a compreensão do mundo de hoje."

Clique aqui e dê uma olhada em tal blog.

SEMINÁRIO DE PESQUISA DA FFCH - 2007

Dias 24 e 25 de setembro.

Baixe aqui a programação.

20.9.07

ASSEMBLÉIAS GERAIS

Caros colegas de CiSO,
.
Faz-se necessário e urgente realizarmos duas Assembléias Gerais, pois temos pontos importantes a discutir e decidir coletivamente. Estamos chegando ao final da nossa gestão e por isso precisamos estabelecer a Comissão Eleitoral, visando garantir um processo eleitoral tranquilo e sem correria. Sediaremos o ENECS 2008 e precisamos, também, definir a Comissão Organizadora. Além do mais, precisamos discutir e deliberar sobre o REUNI - pauta política tão premente. Por fim, precisamos aprovar nosso Estatuto.

Então ficam as convocações:
1 - Assembléia Geral dos Estudantes de Ciências Sociais
Quando: 28/09, sexta, às 10h
Onde: São Lázaro , sala 8
Pauta:
1 - Informes
2 - Comissão Eleitoral
3 - Comissão ENECS
4 - REUNI
5 - O que ocorrer

2 - Assembléia Estatuinte
Quando: 01/10, segunda, às 9h
Onde: São Lázaro, sala 8
Pauta:
1 - Votação do Estatuto do DACiSO-UFBA

Estão todos convocados!!!

19.9.07

Debate sobre drogas

O Diretório Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realiza, na próxima quinta-feira (20), o debate "O movimento estudantil e o diálogo com o estado na elaboração de políticas sobre drogas no Brasil".
.
O encontro contará com representantes do DCE e pretende apresentar aos universitários o debate sobre a representação do movimento estudantil no Conselho Nacional Anti-Drogas, órgão ligado ao governo federal.
.
"Este conselho foi reeditado e abriu vagas para sociedade civil. A juventude precisa garantir seu espaço e compor esse debate", disse Sérgio Vidal, aluno de ciências sociais da UFBA e pesquisador do assunto, que fará a intermediação do bate papo.
.
O que?
Debate "O movimento estudantil e o diálogo com o estado na elaboração de políticas sobre drogas no Brasil"
.
Quando? 20 de setembro, das 11 às 13 horas
.
Onde? Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Sala 8
Informações: ciso@ufba.br ou sergiociso@yahoo.com.br
Ver também aqui.

18.9.07

Movimento Estudantil

A militância estudantil vai tomar conta da Jornada Internacional de Cinema da Bahia. Durante a programação, em Salvador, está confirmada uma série de eventos que vão apresentar os resultados do projeto Memória do Movimento Estudantil, que resgatou a história do movimento estudantil desde a década de 1930. A programação começa nesta terça-feira (dia 18), com a exibição de dois documentários dirigidos por Silvio Tendler: “Memória do movimento estudantil - ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil” e “Memória do movimento estudantil - o afeto que se encerra em nosso peito juvenil”. Os filmes foram feitos com base nas 300 horas de gravação colhidas pelos pesquisadores do projeto. Eles entrevistaram 100 ex-militantes do movimento estudantil, entre eles, Aldo Arantes, José Serra, José Dirceu, Ruy César, Jean Marc Von der Weid e Javier Alfaya. Neste dia, também será inaugurada a exposição itinerante que leva o mesmo nome do projeto. A mostra, que já percorreu outras capitais brasileiras, mostra fotos e documentos que registram alguns dos principais momentos dos 70 anos de militância estudantil. A trajetória começa em 1937, quando a União Nacional dos Estudantes (UNE) é fundada. A exposição fica em cartaz até o dia 23 de setembro, no foyer da SaladeArte UFBA, no pátio do Pavilhão de Aula do Canela (PAC, no Vale do Canela). Ainda no dia 18, uma mesa-redonda vai reunir Javier Alfaya (ex-presidente da UNE), Sílvio Tendler e Jéferson Conceição (presidente da União dos Estudantes da Bahia). Na mesma ocasião, estarão à venda exemplares do livro de Maria Paula Araújo, “Memórias estudantis: da fundação da UNE aos nossos dias”, editado pela Relume Dumará. A obra, que também tomou como base os depoimentos gravados pelo projeto Memória do Movimento Estudantil, conduzem os estudantes ao papel de protagonistas da história política recente do Brasil. Os dois documentários voltam a ser exibidos dentro da programação da Jornada Internacional de Cinema da Bahia nesta quarta-feira (dia 19), às 10 horas, na mesma SaladeArte. Mas quem não puder aproveitar a oportunidade de ver os filmes durante os dias do evento terá uma segunda chance. De 21 de setembro a 4 de outubro, os dois filmes terão sessão gratuita por dia, em horário ainda a ser definido.
Fonte.

CONVITE

Temos a satisfação de convidá-los para o lançamento da coletânea "A Participação social no Nordeste", organizada por Leonardo Avritzer, dia 24 de setembro de 2007, às 18 horas, no auditório da Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela).
.

O livro “A Participação Social no Nordeste”, editado por Leonardo Avritzer é o resultado de anos de pesquisa comparativa séria sobre conselhos municipais e orçamentos participativos realizada em três estados do Nordeste brasileiro, Bahia, Ceará e Pernambuco. Os resultados desta pesquisa envolvem surpresas interessantes e evidências contra-intuitivas. O livro, em primeiro lugar, apresenta o problema através de uma crítica à comparação estereotipada entre o Nordeste e o Sul/sudeste do Brasil. Segundo esta concepção, o Nordeste é “pobre, clientelista e tradicional” ao passo que o Sul/Sudeste é “mais moderno, mais desenvolvido e menos pobre”. Em seguida, o livro estabelece um conjunto de questões de pesquisa que, felizmente, mostram a irrelevância destes estereótipos para uma agenda comparativa de pesquisa. A pesquisa comparou rigorosamente um conjunto de casos no interior de cada um dos três estados pesquisados e foram diferenciados os casos mais bem sucedidos dos casos menos exitosos de políticas distributivas. Ao chegar a estes resultados o livro “A participação social no Nordeste” interconecta de forma exitosa, a história da região com um extenso trabalho de pesquisa nos municípios. Os autores exibem uma admirável cautela, mostrando as suas inclinações, mas deixando ao leitor a tarefa de dar novos passos em relação às novas questões de pesquisa abertas pelo livro.

.

Mini-currículo do organizador: Leonardo Avritzer possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983), mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (1987) e doutorado em Sociology - New School for Social Research (1993). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Minas Gerais, representante de área da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e da Associação Brasileira de Ciência Política. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Teoria Política Moderna, atuando principalmente nos seguintes temas: democracia, sociedade civil, participação, orçamento participativo e esfera pública.

.

O quê: Lançamento da coletânea "A Participação social no Nordeste", organizada por Leonardo Avritzer (Universidade Federal de Minas Gerais)

Quando: 24 de setembro de 2007, às 18 horas

Onde: Auditório da Escola de Administração da UFBA - Vale do Canela
.
Maiores informações: Tiago Guedes - 88039834 / Sheila Cunha - 88723460

Cibercultura

Clique na imagem para ampliá-la.

15.9.07






TABELA DOS VALORES DAS INSCRIÇÕES:

INSCRIÇÃO PARA NACIONAIS


Categoria

Até 20/08/07

De 21/08/07 a 01/10/07

De 02/10/07 a 12/11/07

Local do Evento


Profissionais/Outros

R$ 100,00

R$ 120,00

R$ 150,00

R$ 170,00


Estudantes de Pós-Graduação

R$ 50,00

R$ 60,00

R$ 70,00

R$ 80,00


Estudantes de Graduação

R$ 20,00

R$ 30,00

R$ 40,00

R$ 50,00


INSCRIÇÃO PARA ESTRANGEIROS


VALOR DA INSCRIÇÃO - R$ 120,00

14.9.07

Enquanto Mônica vai à Playboy, o Senado e o PT ficam nus





Por Jorge Almeida
13-Set-2007

Em fotos de J.R. Duran, Mônica Veloso vai se mostrar pelada na Playboy de outubro. Os senadores da República resolveram se antecipar nesta quarta-feira 12 de setembro. Mais nu do que ela ficou o Senado ao absolver o senador Renan Calheiros em votação secreta. Da foto publicada como divulgação, o colunista de humor político José Simão reclamou principalmente do mau gosto do sofá onde ela aparece deitada. Da foto desta votação histórica ficam mal, além do Senado como instituição, o governo Lula, sua base de sustentação e particularmente a bancada do PT.


Mônica informou também para uma colunista social que pretende escrever um livro sobre as “coisas de Brasília que nunca foram publicadas”. Igualmente impublicáveis devem ter sido as conversas das articulações governistas para garantir a impunidade a Renan Calheiros.


A Playboy de outubro promete vender. O livro que Mônica Veloso promete escrever, também. Bem de acordo com todo este processo, recheado de compras e vendas de vacas, de rádios, jornal, cervejaria, laranjas, consciências... Algumas reais e outras fantasmas, para esconder aquelas verdadeiras, impublicáveis e inconfessáveis. Renan até aceitou confessar seus “pecados matrimoniais”, mas não é o que efetivamente é importante do ponto de vista político e de interesse da sociedade.


A votação foi secreta. Pelo jeito, tinha mesmo que ser secreta, como secretas foram todas as articulações que passaram a ser denunciadas desde 25 de maio. Esta foi a data da primeira denúncia, de que um lobista da empreiteira Mendes Júnior é quem fazia pessoalmente e em dinheiro vivo os pagamentos mensais de 16,5 mil reais para a jornalista Mônica Veloso e a filha desta com o senador. Desta denúncia, feita pela própria jornalista, decorreu a primeira representação por quebra de decoro parlamentar junto ao Conselho de Ética do Senado, de autoria do PSOL.


O vexame do Senado tem seu início quando, após o discurso inconsistente de Renan Calheiros em que este tentava se justificar, foi feita uma fila de senadores da base do governo Lula e da oposição conservadora para se solidarizar. Foi justamente a representação feita pelo PSOL quatro dias depois da denúncia que começou a quebrar este discurso de compactuação.


Este processo não foi arquivado porque logo veio uma segunda denúncia dando conta de que era falso o argumento utilizado por Renan de que tinha pago a pensão de Mônica Veloso utilizando recursos próprios, advindos de venda de gado. Ficou claro que estes “negócios” não eram verídicos ou que Renan usava fantasmas e laranjas.


Em seguida veio um novo processo - também de iniciativa do PSOL -, agora para apurar denúncias de que o senador e seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros, favoreceram a cervejaria Schincariol junto ao INSS, em troca de vantagens financeiras extraordinárias envolvendo a venda de uma fábrica de cervejas do deputado à cervejaria.


Um terceiro processo veio com nova denúncia de sócios de Renan em negócios ilegais, com o uso de laranjas, para a compra de duas emissoras de rádio e um jornal no estado de Alagoas. Quem fez a denúncia foi seu sócio na transação de gaveta, o usineiro João Lyra.


As investigações da Polícia Federal não encontraram justificativas para as explicações fantásticas de Renan. E o secretário-geral adjunto da mesa do Senado pediu afastamento alegando pressões sobre a equipe jurídica do Senado para inocentá-lo.


Finalmente, em 6 de setembro, o PSOL entrou com uma quarta representação contra o senador, agora sobre a acusação de que este arrecadava dinheiro usando o esquema do PMDB nos ministérios.


Das quatro acusações, a única votada até agora foi a primeira. Esta foi aprovada pelo Conselho de Ética do Senado por 11 votos a 4 e na Comissão de Constituição e Justiça por 20 a 1. Ambas decisões foram tomadas em voto aberto. No voto dado no escurinho do plenário do Senado, Renan teve 40 votos e 6 abstenções a seu favor, contra 35 votos pró cassação.


Na reta final do processo, ficou claro que o governo Lula estava envolvido com as manobras para livrar Renan da cassação. Na quarta-feira, 12 de setembro, Renan Calheiros foi absolvido com o apoio maciço dos senadores da base do governo, inclusive a maioria dos petistas. Apoio com o voto claramente favorável ou através da abstenção, como fez, hipocritamente, o senador Aloísio Mercadante – pois, neste caso, a abstenção significava, de fato, tirar voto contrário à condenação. A defesa inicial pedindo a cassação foi feita pela ex-senadora e presidente do PSOL, Heloísa Helena, por ter sido este o partido que deu entrada na representação por quebra de decoro parlamentar. Não por acaso, as quatro defesas de Renan em plenário foram feitas por senadores da base do governo Lula, sendo dois do PT, Sibá Machado e a líder do partido na casa, Ideli Salvatti.


O resultado é, assim, mais uma desmoralização do Senado, do governo Lula e do PT. Este sai de um congresso com várias resoluções que formalmente procuram manter suas bases em setores populares. Mas, como se vê, parece que foram tomadas com aquele objetivo que o próprio Lula externou quando falou sobre a aprovação formal do apoio ao plebiscito sobre a re-estatização da Vale do Rio Doce: para fazer média com a militância e a sociedade. Assim, enquanto na votação aberta do Conselho de Ética seus membros votam contra Renan, o mesmo não ocorre no voto secreto do plenário. A absolvição de Renan Calheiros é, assim, a condenação do Senado, do PT, da base governista e do governo.


Mas a crise não se resolveu com esta votação. Ao contrário, pode até piorar. O Senado fica desmoralizado e o senador ainda terá que se submeter aos outros três processos que estão em andamento na casa, além do que corre na polícia e na justiça.


Em tempo: 40 foram os votos pró Renan. 40 os mensaleiros processados pelo STF. Número simbólico, este 40!

Jorge Almeida é professor de Ciência Política e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA). Autor de “Como vota o brasileiro” e de “Marketing político, hegemonia e contra-hegemonia”.


Fonte.

12.9.07

O Senado sem credibilidade

O Senado acaba de absolver Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de quebra de decoro por ter se socorrido de Cláudio Gontijo, lobista da Construtora Mendes Junior, para pagar parte de suas despesas com a ex-amante, e mãe de uma filha dele, a jornalista Mônica Veloso.

Foram 40 votos pela absolvição, 35 pela condenação e 6 abstenções.

O processo contra Renan, condenado por 11 votos contra 4 no Conselho de Ética do Senado, arrastou-se por pouco mais de 120 dias. Foi conduzido pelo próprio Renan, que escalou a maioria dos membros do Conselho de Ética e interferiu em todas as etapas do processo.

Ele terá mais dois processos para responder - ambos por quebra de decoro. E talvez um terceiro.
Um tem a ver com a ajuda que ele teria dado à cervejaria Shincariol para que ela se livrasse de dívidas com o INSS. Em troca, a cervejaria comprou à família Calheiros uma empresa de refrigerantes falida. O relator do processo é o senador João Pedro (PT-AM).

O outro processo, ainda sem relator nomeado, tem a ver com a compra feita por Renan, em sociedade com o usineiro João Lyra, de um jornal e duas emissoras de rádio em Maceió. Renan é acusado de ter usado "laranjas" na operação.

Há uma terceira denúncia contra Renan que ainda não virou processo. O advogado Bruno Lins, afilhado de casamento dele, sustenta que Renan encabeçou um esquema de arrecadação de dinheiro em ministérios controlados pelo PMDB.
.
O que disseram os parlamentares à saída do plenário do Senado onde Renan Calheiros (PMDB-AL) foi julgado há pouco por quebra de decoro:

Tasso Jeireissati (PSDB-CE):
- O PT deixou em segundo lugar a instituição e em primeiro lugar a relação promíscuas entre os partidos.

Arthur Virgílio (PSDB-AM):
- A diferença (em favor de Renan) foram os seis votos safados pela abstenção. Seis votos calhordas de quem não tem coragem de absolver e nem de condenar.

Cristovam Buarque (PDT-DF):
- Renan se livrou com apoio do PT. O Brasil ficou menor, o Senado ficou menor e amanhã não sabemos o que será (do Senado).

José Agripino (DEM-RN):
- O Senado amarelou. Teve dificuldade de fazer aquilo que o Brasil queria.

Álvaro Dias (PSDB-PR):
- Eu acho que o PT foi essencial no resultado que deu a vitória a Renan hoje. Claro que nessa ocasiões sempre há solidariedade. O Senado tem sido um parceiro rela do presidente da República e essa hora deve ter recebido sua retribuição.

Deputado Fernando Gabeira (PV-RJ):
- É uma vergonha tudo o que se passou aqui.
- Suspeito que as abstenções tenham vindo de Roseana e José Sarney e do Senador Mercadante, que demorou tanto para se pronunciar.

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE):
- O que me surpreendeu foi o placar. O PT que desequilibrou a luta e o resultado é desmoralizante.

Demóstenes Torres (DEM-GO):
- Renan só ganhou por causa das abstenções. A casa não vai prosseguir depois desse resultado. Daqui pra frente, não votaremos mais nada.

Ideli Salvatti (PT-SC):
- A bancada do PT votou dividida. A decisão é soberana. O parlamento optou por votar pela absolvição e isso tem que ser respeitado.

Wellington Salgado (PMDB-MG):
- O Senado saiu desgastado. Mas o resultado foi justo.

Almeida Lima (PMDB-SE):
- O Senado dá uma demonstração de força e mostra que não julga de acordo com pressões (externas).

Romero Jucá (PMDB-RR):
- Espero que a absolvição de Renan arrefeça o clima de tensão dentro do Senado.
- Não considero necessária a saída de Renan do cargo de presidente da casa. Ele continua na presidência e tem mandato para isso. Precisamos agora retomar o clima de trabalho e assentar a poeira.

Renan se livrou de perder o mandato por 40 votos a 35 e seis abstenções. Ele foi acusado de ter tido parte de suas contas pessoais bancadas por um lobista de uma empreiteira.

Indignado com o resultado de hoje, Cristovam Buarque promete convencer os senadores que votaram pela cassação de Renan a usarem um broche que conta o voto deles. O único receio é que mais de 35 coleguinhas apareçam com o tal broche preso ao paletó.
.
Sabe qual é a notícia mais lida no portal UOL nas últimas duas horas?

Não, não é aquela sobre a absolvição de Renan Calheiros pelo Senado. Essa é a segunda mais lida. É a notícia sobre a decisão da revista Playboy de fazer novas fotos da jornalista Mônica Veloso para sua edição de outubro.
.
"Foi uma vitória da democracia", diz Renan

Nota que Renan Calheiros, presidente do Senado, acaba de divulgar:

"O resultado da votação de hoje é uma vitória da democracia, mas é também o momento de refletir sobre as perdas que esse processo político provocou.
Nesses mais de 100 dias, muitos de nós perdemos algo. Eu perdi mais. Abri mão de momentos de convivência com minha família e amigos.
Mas confirmamos que, mesmo com eventuais injustiças e excessos inerentes ao processo democrático, é preciso acreditar nas instituições, fortalecê-las e não perder a confiança de que a verdade sempre prevalecerá.
Não guardo mágoa, nem ressentimentos. O único sentimento que me move é o do entendimento e do diálogo. Esse processo se encerra com a reafirmação do mútuo respeito e da serenidade que sempre caracterizaram a convivência política nesta Casa.
A partir da decisão madura e soberana do plenário do Senado, já comecei a procurar os líderes e presidentes de partidos para prosseguirmos na agenda legislativa que de fato interessa ao país, à população.
Não tenham dúvidas. Saberei corresponder aos anseios da instituição e aproximá-la cada vez mais da sociedade brasileira".
.
"Eu sei que nesta quarta-feira, quando o plenário do Senado votar pela cassação ou não do senador Renan Calheiros, vai haver uma morte. A morte política do próprio Renan, ou a morte política do Senado”
.
Fernando Gabeira (PV-RJ)
.
P.S. Impedida de transmitir a sessão secreta de julgamento de Renan Calheiros (PMDB-AL), a TV Senado exibe uma extensa reportagem sobre a produção bovina do país. Como nossos bois são criados. Quanto eles rendem em matéria de divisas para o país. Das vantagens de se investir em bois, etc e tal.
.
.
Fonte.

Políticas de Drogas no Brasil

O DACISO convida o corpo discente da UFBA para o bate-papo:

Políticas de Drogas no Brasil

20 de setembro - Quinta-feira
Sala 8 - das 11 às 13 horas
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Est. de São Lázaro, s/n, Federação

Facilitador: Sergio Vidal (GIESP; NEIP; ANANDA)

Maiores informações: sergiociso@yahoo.com.br

11.9.07

XXXIV JORNADA INTERNACIONAL DE CINEMA DA BAHIA

Nova Produção do Cinema Bahiano

dia 12/09 - 16:00
Sala Walter da Silveira

PROGRAMA I

ALICE de Nelson Magalhães Filho, 13' , Ficção, 2006
FIO DE ARIADNE de Ernesto Molinero, 15', Ficção, 2007
PIERRE VERGER, CHEGAR À BAHIA de Carlos Pronzato, 12', Documentário, 2006
PIRUETAS de Haroldo Borges, 15´, Ficção, 2006
UMBIGADA, de Gabriela Barreto e Janaina Quetzal, 26', Documentário, 2007

dia 12/09 - 18:00
Sala Walter da Silveira

PROGRAMA II

MÃE DA VIDA, de Cristine Lima Pires, 14', Documentário, 2006
SEU AGÁ de Fabrício Jabar e Carlos Catela, 10', Documentário, 2006
ZABUMBA de Marcelo Rabelo, 43', Documentário, 2007
NOITE DE MARIONETES de Haroldo Borges, 15', Ficção, 2006

dia 12/09 - 20:00
Sala Walter da Silveira

PROGRAMA III

O BOMBARDEIO DE SALVADORde Cláudio Marques, 5', Ficção, 2005/2006
PEZINHOS NA ESTRADAde Cristine Lima Pires, 14', Documentário, 2006
PARALELOS de Alexandre Basso, 15', Ficção, 2007
SOTEROPOÉTIKA 3 de Ivelton Queiroz, 52', Documentário, 2007

10.9.07

REUNIÃO ESTATUINTE

Sexta-feira, dia 14
11 horas
Sala 8

PARTICIPEM

Mutações

heterodoxa mutação
José Miguel Wisnik 10 set

a fabricação do homem e da natureza
Jean-Pierre Dupuy 11 set

o que mantém o homem vivo: devaneios sobre algumas transfigurações do humano
Renato Lessa 12 set

revoluções, mutações...
Francisco de Oliveira 13 set

sobre o caos e novos paradigmas
Luiz Alberto Oliveira 14 set

descontrole do tempo histórico e banalização da experiência
Franklin Leopoldo e Silva 18 set

as mutações do poder e os limites do humano
Newton Bignotto 19 set

as duas mutações de Nietzsche
Oswaldo Giacoia Júnior 20 set

metamorfoses da visibilidade
Paulo Sérgio Duarte 21 set

máquinas utópicas e distópicas
João Camillo Penna 24 set

ANFITEATRO ALFREDO BRITTO FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA - UFBA
Praça XV de novembro, s/n . Terreiro de Jesus

Conferências às 19h

Mais informações, clique aqui.

1.9.07

Assembléias Estatuintes

Segunda-feira, 03/09/2007, às 10:00h e quinta-feira, 06/09/2007, às 9:00h, ocorrerão nossas Assembléias Estatuintes.
É importante destacar que o Estatuto não é mero formalismo; é um instrumento necessário e relevante que estabelece normas de ação, previsibilidade de condutas e limites. Significa também o marco constitutivo para a aquisição de personalidade jurídica, mecanismo imprescindível para o DA e fundamental para a realização do ENECS 2008, uma vez que muitos patrocínios e parcerias só ocorrem se a entidade possuir personalidade jurídica própria (a exemplo do ERECS 2007, que deixou de receber R$ 7.000,00 de patrocínio do Banco do Nordeste por não possuir CNPJ).

A personalidade jurídica decorre da conveniência de os indivíduos unirem esforços e utilizarem recursos coletivos para a realização de objetivos comuns, que transcendem as possibilidades individuais. Possibilita a organização de pessoas e bens com o reconhecimento do Direito, que atribui personalidade ao grupo distinta de cada um de seus membros, passando este a atuar na vida jurídica com capacidade própria, passa a ser sujeito de direitos e obrigações. A personificação destaca a vontade coletiva do grupo das vontades individuais dos participantes.

Com a personalidade jurídica, teremos mais facilidade para a realização do ENECS e outros projetos. Por esses e outros motivos, o Estatuto será uma importante e histórica conquista. É importante a presença de cada um dos estudantes de CISO na aprovação deste projeto. Participem!